Política | Da Redação | 18/06/2025 11h33

Prefeito de Ivinhema critica sistema estadual de saúde: “Vai deixar morrer?”

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O prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro, fez um duro desabafo sobre a situação da saúde pública no município, apontando falhas graves na gestão estadual do sistema. Em tom de indignação, ele relatou, em vídeo divulgado em seu Instagram, casos de pacientes em estado grave aguardando, há dias, por transferência para hospitais com maior estrutura — atribuição que, segundo ele, é de responsabilidade do Governo do Estado.

“É um assunto sério, que trata de vidas de pessoas da minha cidade. A saúde é muito complexa e a gente vem fazendo o possível no município de Ivinhema. Temos nos sobressaído dentro da nossa realidade, mas muitas coisas são responsabilidade do Estado”, afirmou o prefeito.

Juliano contou que recebeu, em sua própria casa, uma família desesperada por atendimento. Segundo ele, uma pessoa infartada está internada há uma semana no hospital municipal, aguardando uma vaga em unidade especializada via regulação estadual.

“Estamos com uma pessoa infartada há uma semana, pedindo vaga de manhã, à tarde, todos os dias, e não conseguimos. Acho que estão esperando ele morrer”, disparou. “Esses dias ficamos 35 dias com uma pessoa com a bacia quebrada aguardando. Isso não é culpa minha, e eu não vou ficar abraçando culpa de outras pessoas. O que o município tem que fazer, ele está fazendo, tirando dinheiro de onde não tem.”

O prefeito também relatou o caso de uma gestante que aguarda vaga para atendimento fora do município. “Estou com uma mulher grávida aguardando vaga, e esse serviço não é do município, é do Estado. Ver se os responsáveis pela saúde do Estado resolvem. Daqui a pouco morrem a mãe e o filho, e o responsável vira o prefeito”, criticou.

Juliano encerrou seu desabafo cobrando que cada esfera do poder público assuma sua responsabilidade: “Essa é a realidade. É de ficar indignado. Estamos desde domingo com a pessoa infartada, dentro do hospital. Vai deixar morrer? Isso não é responsabilidade minha, é do Estado.”

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